As definições de tempo foram atualizadas

Paro para pensar em algo que aconteceu. Quando foi? Semana passada?

Puxar na memória a sensação de que já havia ocorrido há muitos dias me envolve.

Com algumas pesquisas e verificações mentais, noto, com surpresa, que já perdi a conta. 

Tudo passou num instante, ainda que tenha sido horas e horas.

Mas, se for parar para refletir, não é tão estranho assim, não é mesmo?

Quem pode dizer que o tempo não está passando de um jeito esquisito, que os dias não são compridos demais, pesados,só que, mesmo assim, rápidos como um piscar de olhos.

Foi como um intervalo entre um cochilo, aquela siesta no meio da tarde que senti esse ano começar e já chegar no segundo mês.

SEGUNDO.

Como se a chegada do primeiro já não tivesse sido mais rápida do que poderia imaginar. Ainda mais se pararmos para refletir sobre como o ano que antecedeu este se passou.

Não sei mais o que fazer sobre isso. O tempo já corria de mim, fugia por entre meus dedos e escorria dos meus braços que tentava abraçá-lo para conseguir enganchar em suas dobras mais algumas atividades.

Aquelas que sempre queria fazer, mas o trabalho ou as obrigações impediam.

Tentei enrolar numa toalha, prender num potinho, enganar a ampulheta.

E não importou nada.

Minhas tentativas, súplicas, pedidos com a melhor cara de gatinho fofo.

Ele seguiu seu curso, sem esperar por nada e nem ninguém.

E agora, me parece que adiantou a marcha.

entrou no modo turbo, mas com a potência de um trator.

Se fosse uma propaganda, seria daquelas 4×4 que atravessam todos sos lugares, dos mais áridos aos mais tranquilos.

E ele nos olha, com o carinho de uma mãe que deseja que o futuro seja brilhante, mas impassível como um mestre que deseja que seu estudante não faça as coisas pela metade, que se esforce e tenha a melhor experiência (mesmo não entendendo isso na hora).

Definitivamente, as definições de tempo foram atualizadas, e muito.

Quando chega esse momento, que entendemos a importância dele, notamos ainda mais seu caráter fugaz.

Sofremos pelo fim de sua presença para alguns e pelo pouco que resta a outros.

Deixaram de ser aquilo que a gente guardava no relógio.

Ou o que era comumente “morto”, em intervalos ociosos da juventude.

Agora, essas paradas estratégicas estão cada vez mais escassas. Porque queremos aproveitar cada segundo disponível.

Segundos seguem indo embora, enquanto trocamos seus dígitos por experiências, por valores, por descanso.

Trocas justas, às vezes, nem tanto.

Aos poucos vamos aprendendo a valorizar aquilo que nos parece simplesmente dado, mas é, na verdade, uma dádiva.

E tentamos não perdê-lo, ainda que nem sempre dê certo.

Ele anda ligeiro. Um passo digno dos corredores mais ágeis do mundo.

Todo dia, um pouco menos dele pra fora, disponível à nossa frente e muito guardado dentro de nós.

Segundas Musicais #134

Olá pessoas!

Novembro chegou, gente! Penúltimo mês do ano! Quem diria que esse tempo passaria tão rápido, né?

Bora pra uma playlist que fala sobre tempo e como esse tá sempre nos surpreendendo, sobre o próprio tempo e nossas relações com ele ou o fato dele passar correndo (pelo menos é essa a impressão, certo?)

#SomNaCaixa

01. Erreway – Tiempo

02. Legião Urbana – Tempo Perdido

03. Cyndi Lauper – Time After Time

04. Imagine Dragons – It’s Time

Espero que curtam! Até a próxima! =]

A vida é curta. (E a gente desperdiça a coitada!)

A semana começou já mostrando a que viria.
Fria, chuvosa e estressante.
E como ser humano coerente que sou, deixei o cinzento do dia se tornar a cor da minha vida.
Todos os pequenos problemas se tornaram gigantes assustadores.
As alegrias foram ignoradas junto com qualquer resquício de esperança.
O mundo foi visto através de um microscópio em que as partículas parecem estranhas e monstruosas.

E no final das contas, deixei de viver.

Eu me deixei esquecer o quanto, na verdade, eu adoro a chuva. Que ela refresca, renova, limpa. E que é uma potência a ser respeitada, mas é natural e linda da sua forma.

Não percebi que todos os pequenos percalços eram só isso. Pequenos. Não gigantes do mal. E com uma respirada profunda (não lanças e espadas), seriam vencidos!

Perdi preciosos momentos ao lado de gente que amo. Importantes só pelo fato de estarmos ali juntos, o que nem sempre é viável nesse mundo moderno.

Não me dei conta de que cada partícula, por mais esquisita, é única e especial. E nos torna quem somos. Constrói esse mundão maravilhoso.

Se serve como conselho, pequeno Padawan, não desperdice a vida.
Dias tristes virão, momentos difíceis e desafiadores também.
Mas não deixe que eles se tornem a sua prisão, deixe que sejam a chave que abre a sua cela interior!

Rodando o pião (da casa própria) que é a vida

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Sabe aquele momento em que você percebe como tudo é um ciclo, o mundo vai girar e as coisas vão voltar, de uma forma ou de outra, até você?

Mexendo hoje no blog, tive um flashback maroto da primeira (E ÚNICA) dinâmica de grupo que eu fiz na vida.

Naquela época de faculdade, quando a gente tenta conseguir um belo emprego  ~e às vezes não consegue, mas força, guerreirinhas (os) que uma hora vai dar certo~ e nos deparamos com uma série de etapas dignas de maratona conquistar a sonhada vaga.

Não posso e gabar de ter feitos muitos processos, mas o que fiz me trouxe uma memória interessante hoje. Entre o padrão – Nome/Faculdade/Objetivos- tinha uma atividade de criar a interface de um site do seu currículo.

E há muitos anos atrás eu fiz o que seria esse blog aqui. Entre todas as coisas que eu gostaria de disponibilizar, haviam meus dados e uma área de TEXTOS PRÓPRIOS.

Aí alguém pergunta: “E por que cê tá lembrando disso só agora já que as resenhas, ainda que atrasadas, são feitas há anos?”

Ahh, jovem padawan! É resposta é simples: nunca tinha postado um texto que não fosse uma resenha.

Todos aqueles anos com essa ideia na cabeça e no coração foram realizados, ainda que numa pequena proporção, no Dia Mundial do Livro!

E por que isso é importante? Oras, porque é um exemplo óbvio de como nós sabemos, de uma forma ou de outra, exatamente quais são os nossos sonhos. E o maior obstáculo para conquistá-los está sentado na nossa cadeira!

(Sim, tô falando que nós somos o caminho e  apedra dele. Daora, né?)

E o intuito desse texto? Falar pra você que está ainda cabisbaixo e desanimado que qualquer primeiro passo é válido. Pode demorar um dia, pode demorar 74006239963 anos, mas os nossos sonhos nunca nos abandonam.

A gente só precisa é parar de abandoná-los. #ProntoFalei