“Em ciência leia sempre os livros mais novos. Em literatura, os mais velhos.”
Millôr Fernandes
“você precisa descobrir como amar a vida que tem, enquanto trabalha para construir a vida que quer.”
“Bilhetes de Ódio”, Vi Keeland, Penelope Ward
O Auto da Compadecida #Resenha
Livro/Autor/Editora: “O Auto da Compadecida”, Ariano Suassuna, Nova Fronteira.
Avaliação: Não sei, só sei que foi assim…

Olá, pessoas!
Chegando a resenha de hoje com essa obra maravilhosa da literatura brasileira.
Já conhecia sua versão audiovisual e fui altamente impactada ao me deparar com o audiolivro dramatizado. (Eu que já adoro audiolivros, estou até agora pensando em como ficou legal!)
Em todo caso, bora para a trama? Narrado em forma de peça teatral e com inspiração na literatura de cordel, a história, divididida em três atos acompanha as peripécias de João Grilo e seu companheiro de aventuras, Chicó.
Os dois vivem no sertão nordestino e sofrem com as agruras da terra e sobrevivem usando a sagacidade e perspicácia que só o brasileiro que precisa dar uns nós em pingo d’água tem.
Na história, João Grilo, que traballha para o padeiro e sempre reclama da negligência do patrão, precisa encontrar uma forma de fazer o padre benzer o cachorro da nulher de seu patrão. O pobre animal está morrendo e a senhora acha quee isso vai ajudar a salvar o pet que é como um filho para ela.
Nesse enrosco, João Grilo cria uma rede de enrolação, faz com que o padre acredite que seu patrão é um homem poderoso (assim, o padre aceitaria dar sua benção). Mas tudo degringola quando o poderoso cujo nome foi usado aparece na Igreja.
Para não ser desmascarado, João Grilo vai adicionando mais e mais camadas em sua história. De uma forma ou de outra, as coisas acabam funcionando até que acaba todo mundo, literalmente, indo falar com a galera do outro lado da vida. (Ai João Grilo vai precisar usar todos os talentos para defender seu caso).
O livro aborda a problemática da miséria, a seca e a batalha contra a pobreza, mas usando uma linguajar leve e muitos momentos cômicos (ou tragicômicos).
E ai, quem já leu? Conta o que achou!
Até a próxima! =]
Oblivion #Resenha
Título/Autor: Oblivion, Fabrício Martins (Roteiro), Laura Jardim (Ilustração)
Avaliação: Apegada a todas as memórias, até aquelas que um dia já pensei em apagar.

Olá, pessoas!
Hoje temos resenha de Graphic Novel (para mudar um pouquinho de ares, né? É sempre bom ler coisas diferentes para prestigiar os talentos múltiplos dos artistas e conhecer conteúdos novos).
No meio das “andanças” pelo #KindleUnlimited (patrocina nóis), encontrei essa obra que, vou admitir porque prezo sempre pela verdade, eu escolhi pela capa. (TEM UM GATINHO DEITADOOO!!)
Depois desse primeiro momento já cativante, ler a história foi algo ainda mais interessante.
De um jeito delicado e super criativo, inserido em um mundo do futuro tecnológico, mas que ainda tem muito da nossa realidade atual, vemos a personagem principal, Anna, sofrendo com as pressões nossas de cada dia.
Seu trabalho (em particular, o chefe), é terrível, seus pais não a entendem, ela está cansada e tem momentos deprimidos.
Um dia, encontra uma amiga e é surpreendida pelo fato da garota não a conhecer mais. Trata-se de um procedimento para retirar memórias. Pode ser feito de forma total ou selecionando alguns momentos (depende do dinheiro que tem para investir). É um negócio meio “Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças”.
Durante a narrativa, vemos Anna penando com o trabalho, sofrer por amor e sendo “dobrada” em todas as situações por sua incapacidade de dizer não. Também conhecemos um aparelho meio celular-drone-robô que é o alívio cômico. (Ele sabe todas as respostas do mundo e tem sérios problemas com o gato da moça).
Achei as ilustrações lindas, a história bem contada e a forma como tratam a saúde mental de maneira criativa e sensível. Eu ri e chorei. Torci e fiquei emocionada. Foi uma ótima experiência.
Alguém ai já leu? Conta o que achou!
Até a próxima, gente! =]
Quinze Dias #Resenha

Oie, gente!
Livro/Autor/Editora: Quinze Dias, Vitor Martins. Globo Alt.
Avaliação: Repensando o tempo para troca de pijama.
Demorou, mas chegou a resenha da semana!
E com esse livro que foi uma grata surpresa! fiquei apaixonada pela história, os personagens, a escrita!!
Vamos começar pelo fato de ser um autor que nunca tinha lido antes, mas como ele mediou uma palestra de Rainbow Rowell (minha autora xodó da vida), achei que seria muito digno dar uma chance à leitura.
E não me arrependi!
O livro conta a história de Felipe, um jovem que terá os planos de suas férias alterados ao receber, por quinze dias, seu vizinho, Caio.
Ao longo da narrativa, conheceremos um pouco mais de cada um deles, seus pontos fracos e fortes (como senso de humor, escolha de amigos e o fato de um deles não ter visto Friends – ai fica difícil, né? HAHAHAHA)
Os dois são vizinhos desde sempre. Aliás, quando eram mais novos, eles brincavam juntos na piscina do prédio. Até mesmo da brincadeira favorita de Felipe: nadar como sereia.
Eles se afastam a partir do momento em que Felipe começa a sentir vergonha do seu corpo , desde então, nem no elevador tem conversa.
Até que os pais de Caio vão viajar e pedem para Rita, mãe e uma perosangem muito genial, cuidarem do filho por 15 dias.
No começo, Felipe e Caio não conseguem interagir. Uma mistura de timidez e vergonha. Depois, acabam aproveitando os momentos antes de dormir para conversar sobre a vida, coisas que têm em comum, dividir algumas neuras e confissões.
É muito maravilhoso ver a amizade (e, quem sabe, algo mais. Será??) se desenvolvendo. Tem um monte de referência genial de cultura pop, litertura e reality shows que eu adoro!! Tem noites temáticas na hora da janta e adorei ver como os três curtiam comer vendo filmes e programas na TV (Muito gente como a gente).
Tem também a ida da Rita à ONG para dar aulas de artes e um garotinho que fica super apegado ao Felipe (e até faz um desenho dele como super-heroi. #Gracinhaaa)
Além disso, é bem legal ver um livro que tem personagens que fazem terapia e mostram a importância de cuidar da saúde mental, fala, também, sobre gordofobia e homofobia. Aborda temas importantes, mostra que todos têm inseguranças.
Amei a escrita, a fluidez da narrativa. TODOS os personagens! Felipe, Caio, a melhor amiga dele e a namorada dela. A socialização deles.
Já estou animada para conhecer mais livros do autor!
Alguém ai já leu? Conta nos comentários o que achou.
“Quinze Dias,”, Vitor Martins
“Coisas incríveis podem acontecer se você começar a
falar”
acordei bemol
tudo estava sustenido
sol fazia
só não fazia sentido
Paulo Leminski
“Livros eram, e sempre seriam, uma entidade mágica, algo que deveria ser respeitado.”
“O Jogo do Amor e Ódio”, Sally Thorne
“Querer dar um passo maior do que a perna é um sinal claro de que a pessoa não sabe o que está fazendo”
Os Sete Maridos de Evelyn Hugo, Taylor Jenkins Reid
“O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós.”
Clarice Lispector