
Hoje a crônica tá em pausa. Mini recesso. Suspensa.
Só uma semana. Coisa rápida.
Por motivos de cuidados pessoais. Rumo à melhora.
Logo volto.
Cuidem-se.
Hidratem-se.
Fiquem bem.
Hoje a crônica tá em pausa. Mini recesso. Suspensa.
Só uma semana. Coisa rápida.
Por motivos de cuidados pessoais. Rumo à melhora.
Logo volto.
Cuidem-se.
Hidratem-se.
Fiquem bem.
…eu conseguisse terminar tudo aquilo que comecei (incluindo todas aquelas pequenas frases, sonhos e criações que estão jogadas entre cadernos, blocos de notas e cantos esquecidos da minha mente)
… eu pudesse viver pelo menos um dia sem ficar ansiosa com a rápida passagem do tempo que parece correr na velocidade 1.5 de áudio de zap de tão ligeiro.
… eu soubesse como não ser tão crítica comigo mesma, não me pressionar tanto nas metas e etapas absurdas criadas por mim para servirem de parâmetro de sucesso e fracasso.
… eu aceitasse as minhas limitações como parte integrante da existência. Não como fatores desmerecedores, mas de maneira a impulsionar novas formas de resolver questões e desafios da jornada.
… eu não guardasse tantos sentimentos em uma caixinha lá no fundo do coração. Pegando pó, juntando teias de aranha e criando buracos de tristeza e ressentimento. Aquela saudade que eu nunca vou dizer que senti, mágoa por algo que aconteceu e nunca foi resolvido. Tanta coisa que poderia ser liberada, espaço para novas emoções melhores.
… eu fosse mais corajosa, não me deixando levar pelas vozes ‘gritonas” da minha mente, as mesmas que insistem em afirmar que não sou capaz de mudar.
… eu deixasse todo esse egocentrismo de lado e começasse a ver como o mundo precisa de muito mais atenção do que eu nesse microcosmos de autopiedade no qual eu decidi habitar?
O futuro seria melhor caso eu deixasse todos ‘e se’s” que carrego no coração e nas costas.? Pesando na minha mochila e atrapalhando a caminhada.
E se, a partir de agora, eu decidisse que não vale mais a pena seguir nos mesmos moldes de sempre? O que será que aconteceria?
Quando ouvi o termo esses dias em um podcast, entendi completamente como funcionei nos últimos muitos anos da minha vida.
Carregando para cima e para baixo a minha mochila.
Umas vezes pesada, outras vezes leve. Mas sempre comigo. Nunca esquecida no ônibus, em um banco qualquer do parque.
Mesmo sendo um dos únicos itens que eu não perdi por aí (ironia para quem já teve objetos preciosos deixados para trás – de forma completamente inconsciente e talvez um pouco negligente)
No entanto, a tal da mochilinha está constantemente atrás de mim. Presa aos meus ombros com super cola (nada de propaganda gratuita por aqui. xD).
Em alguns dias, parece que há toneladas de memórias, ansiedade, preocupações. Tem os medos, as angústias e outros materiais que eu nunca precisaria levar comigo, só que estão lá “só para o caso”. .
São tantas tranqueiras guardadas. Dá uma vontade de colocar rodinhas como as malas que usávamos no ensino primário. Infelizmente, não é assim que acontece…
Em outros, tenho a sensação de levar somente uma folha de papel e uma caneta para garantir que será possível marcar um momento de alegria, escrever uma anotação para aquele ideia que pode mudar o rumo de tudo. Uma folha em branco que carrega em si possibilidades infinitas. Sentindo-me tão leve que poderia flutuar.
Preciso de muito esforço para equilibrar esse material. E entender como será cada dia já que aceitei a teoria e sei que não vou deixar de carregá-la tão cedo.
Pelo menos, ter a consciência da minha responsabilidade do que levo na mochila causa alegria e tristeza. Porque garante que sou a raiz da maior parte dos problemas, mas a solução deles também.
Além disso, mesmo não a tirando das costas, exustem pessoas maravilhosas que ajudam (pode ser segurando pela parte de baixo, puxando pela alça superior… quem nos ama encontra uma maneira).
Por isso, só agradecimentos a quem emula a leveza da nossa bagagem.
Já estou aqui com as alças arrumadas, todos os zíperes fechados. Pronta para enfrentar o próximo dia. Posso não garantir o volume para amanhã, mas hoje levo só o essencial de verdade.
E você? Como está a sua mochila?
Desligo todas as luzes, mas ligo todas as roldanas do meu cérebro.
Por que raios esses pensamentos decidem aparecer bem nesse momento?? Aproveitando minha falta de barreiras contra invasores. A minha visão obscurecida pela noite e pelo sono que ainda está aqui, mas que trocou sua versão mais profunda pela leve, sempre a beira de despertar.
Atacada por monstros, entre aqueles que eu criei há anos, até os mais novos. Todos se juntam como uma grande reunião de condomínio na minha cabeça. Cada um debatendo a sua demanda, gritando para vencerem a discussão.
Sabe aquela resposta que nunca deu? O e-mail que pode ter esquecido de enviar? E a porta, virou a chave? Não devia sair mais com os seus amigos ou perguntar se estão bem? E o trabalho, já não é hora de fazer aquilo que te deixa feliz?
Você vai ficar sozinha para sempre se continuar assim. As contas foram pagas, mas até quando vai sustentar sua vida só empurrando com a barriga. Vai se tornar adulta de verdade ou só de fachada?
Será que todos, algum dia, vão perceber sua personalidade inventada para esconder tristezas e insatisfações que nem sabe justificar de onde vieram?
…
Tanto barulho
…
Você tenta pedir a atenção de todos. Solicitar um minuto de silêncio. Como era aquela respiração do quadrado? Aprendeu na yoga. Respira. Segura. Expira. Respira. Segura. Expira.
Será que sua psicóloga atende às altas horas da madrugada? Uma sessão em uma das muitas vezes em que acordou no sua estrutura de sono que se inspirou na Tele Sena. De hora em hora, acorda.
…
Que barulho foi esse? O gato tá respirando direito? Quanto tempo mais eu tenho no mundo? Estou fazendo tudo o que devia? Como eu posso fazer a minha família ficar bem e segura para sempre? Eu desliguei o forno?
…
Dá para descansar a mente quando ela simplesmente decide ficar em seu estado mais ativo bem naquela hora da noite em que você se recolhe, no período de ‘calma’, a recompensa após um dia longo?
Seria maravilhoso não querer resolver todos os problemas antes de dormir. Pelo menos, seria bom caso sua cabeça soubesse que, se durante o dia ou na lavagem do cabelo não houve uma epifania, quando colocou a máscara no rosto e ajeitou o travesseiro não desbloqueou uma forma de ajeitar as pendências.
Assim como um bovino, você fica ruminando as coisas, o que fez de errado, o que não fez, o que precisa fazer. tem muita grama pela frente, né?
Só que nada vai dar certo enquanto se prender nesse ciclo. Espere o dia raiar. Lava o rosto, toma um sol. Faz um exercício, sei lá. Cansa esse corpo tanto quanto cansa a mente nas suas ruminações noturnas.
Pode não funcionar automaticamente, mas, quem sabe, um dia essa avalanche encontre uma barreira para não te levar montanha abaixo na hora de dormir.
Muita gente fez brincadeiras e comentários sobre janeiro durando uma quantidade excessiva de dias, sendo assim, já dá para celebrar novamente uma virada de ano.
Na primeira vez que ouvi isso, pensei que poderia ser um pouco exagerado. No entanto, não posso tirar a razão daqueles que sentem o peso desse mês. Admito, também, que agora sinto como se fosse, realmente, o primeiro dia de uma nova etapa outra vez.
Um reboot para as nossas metas, os desejos e as expectativas.
Começamos cada ano com uma energia diferente, acreditando no melhor, torcendo para que os sonhos deixados para trás recebam, finalmente, a luz merecida.
Não deixo de achar um pensamento válido, só fico triste ao pensar na validade curta disso.
Quantas metas e propósitos não perdem seu fôlego dentro do prazo de 31 dias de duração de janeiro? (ou, como as pessoas disseram, nos 365 dias dele).
Onde foram parar aquelas promessas com as quais nos comprometemos em dezembro?
Por isso, a minha proposta é estender o ano novo para cada um dos próximos meses. (Não que eu queira que eles tenham a sensação de termos vivido mais dias do que a nossa saúde física e mental aguentariam ou por causa das centenas de contas específicas pertinentes ao início do ano).
O intuito é viver a virada de mês como se fosse um ciclo diferente, com o espírito existentes em dezembro-janeiro.
A esperança, a alegria e a confiança de que “agora vai”!
Com certeza as piadas sobre o tempo que janeiro durou não foram pelas melhoras razões.
Entendo que muitos tiveram suas vitórias e derrotas, perdas e dificuldades, as inseguranças… mas também, as possibilidades de crescimento, alegrias e realizações.
E, se a balança não pendeu para o lado melhor dessa vez, bora virar essa chave, ressignificar algumas coisas e reiniciar o processo!
Bem-vindo fevereiro e feliz ano novo… de novo!
Assim como a música, creio que essa seja uma lição que eu ainda vou reprovar muitas vezes.
Mesmo que seja a coisa mais natural do mundo, por que é tão difícil aceitar a despedida?
Lembranças que flutuam no mar de gente que se encontra para te ver pela última vez.
Lágrimas que estão todo o tempo nos meus olhos.
Eu me esforço para ser forte. Para apoiar quem precisa. Mas o que fazer se nem eu sei lidar com isso?
Queria te dizer que te amo só mais uma vez. Pedir para que fique bem sempre. (Já que essas foram as minhas últimas palavras para você, não é?)
Sua história centenária está guardada no coração da família. A receita natalina também já está garantida para as próximas gerações.
E seu rosto está gravado na memória e em mim (todo mundo fala que eu sou a sua cara, certo?)
Agora é o momento de descansar. Você lutou com todas as forças. Pode deixar que a gente vai seguir na batalha com você de olho em nós.
Obrigada e te amo. E até que nos encontremos novamente, adeus.
Como todo começo, parecia promissor. Tinha a impressão de que éramos um par perfeito.
Tantas possibilidades à nossa frente. Nada aparentava ser improvável ou impossível.
Até eu perceber que a relação não se tratava de uma via de mão dupla, mas algo extremamente unilateral.
Notei que não tinha mais toda a liberdade que antes acreditava ser algo impossível de perder.
Notei que, cada vez mais, o outro lado da dupla se tornava mais impassível, cruel e controlador.
Tudo o que eu fazia era em torno de você. sempre pensava nas coisas baseadas no quanto eu poderia “perder de você’.
Passamos de um time que ia junto conquistar as melhores coisas do mundo para uma competição de “que vai vencer a batalha”.
Sempre mais velho, mais sábio. Conhecia o mundo, os seus mistérios.
Eu, com tão pouca vivência, acreditava que quanto mais de você eu tivesse, chegaria a um momento no qual não haveria o sentimento de inferioridade.
Mas não foi isso o que aconteceu.
Eu me ressenti de tudo o que você fez, de como você passou em um piscar de olhos e eu nem percebi até ser tarde demais.
Pensar em você se tornava mais preocupante do que animador. Sua presença não era mais um rol de oportunidades, mas uma cela em que eu estava, fadada a viver cada dia pensando em tudo o que se foi.
Um dia nós fomos felizes, quando pensei que caminharíamos juntos, no mesmo ritmo. Vivendo, aprendendo e sentindo.
Mas você correu e minhas pernas não conseguiram alcançar.
Por que você vai tão rápido?
Só queria que voltássemos ao começo. Quando tudo era novo e possível. Quando eu não chorava pensando que logo não terei mais nada de você e nem sei se aproveitei o quanto poderia (ou deveria)
Implacável e invencível. Era para funcionar, mas eu não soube te entender.
Um dia isso vai terminar, mas espero que a jornada me leve ao ponto em que possamos conviver. Sem que haja meu pânico ao pensar que tudo chega ao fim.
E ser finito não impossibilita a alegria ou satisfação.
Por termos um período tão curto é que deveríamos tornar especial.
Ainda não estou nesse degrau de autoconhecimento e iluminação. Espero um dia chegar lá.
Para que eu não sinta que investi mais nessa relação. Que, de alguma forma, fui enganada.
Sempre soube quais eram as regras do jogo, mas pensei que poderia inventar outras durante a partida.
Não é assim que funciona. E, para esse relacionamento dar certo, eu preciso entender que não sou o árbitro, mas uma jogadora.
Prometo fazer o possível para o time vencer. Porque enquanto houver tempo, eu vou tentar o meu melhor para esse status de relacionamento descomplicar.
Eu entrei nessa redoma que eu mesma criei.
Esse castelo (ou seria uma gaiola?) de proteção na qual nada externo pode me atacar.
Mas qual é a finalidade de se proteger do mundo quando aqui dentro eu mesma sou a prisioneira e a carrasca?
Em um universo imaginário criado para proteger um coração que agora bate acelerado, mas não pelos motivos corretos.
Até quando vou me esconder na sombra dessa caverna na qual entrei de forma voluntária para me esconder das sombras que não são tão cruéis quanto os monstros que eu trouxe aqui para dentro?
Seria essa a torre mais alta do castelo mais alto, fechada pela própria princesa a sete chaves?
A saída está tão próxima, mas tão distate ao mesmo tempo.
Ironicamente, todas as portas e janelas estão abertas, só que os meus pés não recebem a informação da minha mente para seguirem em frente por tempo suficiente para sair do isolamento voluntário.
Um passo para frente. Dois para trás. Uma dança sem ritmo que não segue nenhuma música fora as vozes dentro da minha cabeça dizendo para girar, girar e girar.
Até que meus sentidos estejam misturados e confusos.
Sem saber o que é real e o que eu imaginei.
Qual medo é meu e qual foi incutido em mim.
E todos eles me assutam na mesma proporção.
Paralisada, sozinha e afastada.
Sem me mover para mudar, sem deixar ninguém se aproximar.
Não há como sair quando impeço todos de abrirem a porta (incluindo eu).
Então, (in)conscientemente, eu sigo aqui.
Todo ano a mesma coisa. Um novo começo, novas oportunidades de criarmos listas intermináveis de metas que acreditamos serem possíveis de finalizar ao longo de 365 dias.
A nossa fé inabalável de que “este ano será diferente” traz um tipo de conforto, um quentinho, mas também um certo pesar no coração. Por mais que tenhamos um otimismo quase que pueril, também nos pressionamos e enchemos o ano de uma expectativa que ele nunca pediu.
Como a virada de um dia para o outro pode ser tão cheia de significados, energias e chances?
Não vou dizer que sou imune a isso. Bem longe disso. Ainda que ative minha ansiedade, sou adepta às resoluções, às metas. No entanto, este ano eu precisei impor limites.
Para mim.
Para as minhas expectativas.
Para as minhas listas intermináveis que se amontoam como os fantasmas dos meus planejamentos passados.
É impossível viver com a constante necessidade de se provar para o mundo e para si mesma. Fica complicado seguir em frente com tantas malas para carregar. O fardo da produtividade, da mudança, do autoconhecimento e da evolução.
Sigo querendo completar cada um desses itens, mas não com check lists formatados por um bloco de meses, mas como propósitos e check points. Uma gamificação da existência.
Não preciso ler todos os livros atrasados da minha estante esse ano. Mas eu vou ler um pouco todo dia. Porque eu gosto e me faz bem. (De quebra, alguns atrasados sairão do cantinho empoeirado da prateleira).
Da mesma maneira, ainda não estamos no ano em que eu falarei todos os idiomas que desejo. Ainda assim, algum alfabeto novo será memorizado e novas palavras aprendidas. E, com certeza, aprenderei frases importantes como “Olá – Desculpe – Por Favor e O banheiro fica pra qual lado?” (Mesmo o Duolingo querendo me ensinar sobre beber leite e arroz rosa às vezes… hahahahaha)
Definitivamente, não vou chegar em 2024 com uma nova versão super saiyajin de mim, mas, pelo menos, espero não estar ansiosa por causa de tantas metas autoimpostas.
Aliás, nada de resoluções anuais, só propósitos a longo prazo. Para a vida. Para mim.
Ano novo não vai ser vida nova, mas uma mentalidade um pouco diferente. Se melhor ou pior, só o tempo irá dizer.
Parece que a fonte secou.
As frases não se conversam, não combinam.
Todas essas letras se embaralhando na minha mente enquanto tento fazer com que os caracteres façam algum sentido.
Em pânico, encarando o teclado como se fosse um alfabeto completamente novo.
Como se formam as sílabas? Qual é a ordem das palavras na oração?
Onde foi que eu perdi a minha semântica? Cada o sentido que estava aqui até agora?
Folhas em branco, páginas por preencher, posts aguardando. Canetas que não vão perder a tinta tão cedo.
Aguardo o momento em essse furacão vai deixar de me rodar. Esperando encontrar o olho da calmaria que me trará o foco e a visão para voltar ao rumo.
Tudo ajeitado em cima da mesa, os instrumentos corretos, mas a melodia não esta em harmonia.
Sinto muito pela crônica que não existiu como deveria. Ela está guardada em algum lugar, na expectativa de que vou encontrá-la em breve.
Não se preocupe, amiga. Segura a emoção aí. Estou perdida no caminho, mas alguma hora eu chego. Prometo que vou te buscar!
Por enquanto, estou aqui tentando de tudo para ver se a palavra… a frase… a escrita… volta! Será que volta?