
…eu conseguisse terminar tudo aquilo que comecei (incluindo todas aquelas pequenas frases, sonhos e criações que estão jogadas entre cadernos, blocos de notas e cantos esquecidos da minha mente)
… eu pudesse viver pelo menos um dia sem ficar ansiosa com a rápida passagem do tempo que parece correr na velocidade 1.5 de áudio de zap de tão ligeiro.
… eu soubesse como não ser tão crítica comigo mesma, não me pressionar tanto nas metas e etapas absurdas criadas por mim para servirem de parâmetro de sucesso e fracasso.
… eu aceitasse as minhas limitações como parte integrante da existência. Não como fatores desmerecedores, mas de maneira a impulsionar novas formas de resolver questões e desafios da jornada.
… eu não guardasse tantos sentimentos em uma caixinha lá no fundo do coração. Pegando pó, juntando teias de aranha e criando buracos de tristeza e ressentimento. Aquela saudade que eu nunca vou dizer que senti, mágoa por algo que aconteceu e nunca foi resolvido. Tanta coisa que poderia ser liberada, espaço para novas emoções melhores.
… eu fosse mais corajosa, não me deixando levar pelas vozes ‘gritonas” da minha mente, as mesmas que insistem em afirmar que não sou capaz de mudar.
… eu deixasse todo esse egocentrismo de lado e começasse a ver como o mundo precisa de muito mais atenção do que eu nesse microcosmos de autopiedade no qual eu decidi habitar?
O futuro seria melhor caso eu deixasse todos ‘e se’s” que carrego no coração e nas costas.? Pesando na minha mochila e atrapalhando a caminhada.
E se, a partir de agora, eu decidisse que não vale mais a pena seguir nos mesmos moldes de sempre? O que será que aconteceria?