Quando ouvi o termo esses dias em um podcast, entendi completamente como funcionei nos últimos muitos anos da minha vida.
Carregando para cima e para baixo a minha mochila.
Umas vezes pesada, outras vezes leve. Mas sempre comigo. Nunca esquecida no ônibus, em um banco qualquer do parque.
Mesmo sendo um dos únicos itens que eu não perdi por aí (ironia para quem já teve objetos preciosos deixados para trás – de forma completamente inconsciente e talvez um pouco negligente)
No entanto, a tal da mochilinha está constantemente atrás de mim. Presa aos meus ombros com super cola (nada de propaganda gratuita por aqui. xD).
Em alguns dias, parece que há toneladas de memórias, ansiedade, preocupações. Tem os medos, as angústias e outros materiais que eu nunca precisaria levar comigo, só que estão lá “só para o caso”. .
São tantas tranqueiras guardadas. Dá uma vontade de colocar rodinhas como as malas que usávamos no ensino primário. Infelizmente, não é assim que acontece…
Em outros, tenho a sensação de levar somente uma folha de papel e uma caneta para garantir que será possível marcar um momento de alegria, escrever uma anotação para aquele ideia que pode mudar o rumo de tudo. Uma folha em branco que carrega em si possibilidades infinitas. Sentindo-me tão leve que poderia flutuar.
Preciso de muito esforço para equilibrar esse material. E entender como será cada dia já que aceitei a teoria e sei que não vou deixar de carregá-la tão cedo.
Pelo menos, ter a consciência da minha responsabilidade do que levo na mochila causa alegria e tristeza. Porque garante que sou a raiz da maior parte dos problemas, mas a solução deles também.
Além disso, mesmo não a tirando das costas, exustem pessoas maravilhosas que ajudam (pode ser segurando pela parte de baixo, puxando pela alça superior… quem nos ama encontra uma maneira).
Por isso, só agradecimentos a quem emula a leveza da nossa bagagem.
Já estou aqui com as alças arrumadas, todos os zíperes fechados. Pronta para enfrentar o próximo dia. Posso não garantir o volume para amanhã, mas hoje levo só o essencial de verdade.
E você? Como está a sua mochila?

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