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Vivendo de forma medíocre.

Nunca saindo do raso nos relacionamentos, nas interações, nos estudos, nas tentativas.

O que eu vou fazer quando não der mais tempo de tentar?

Quando as oportunidades forem embora e eu perceber que realmente eu esgotei todas as possibilidades?

Alienei as pessoas.

Afastei quem tentou se aproximar.

Não plantei as sementes e agora estou em um jardim solitário e inabitado?

O que eu faço? Para onde eu corro se as pernas já não tem mais forças, os olhos não enxergam, a voz não sai?

Presa. Isolada.

Sentenciada pelas minhas próprias ações (ou a falta delas)

Deixei esse veículo no piloto automático, mas não escolhi o destino.

Estou fadada a rodar por esse mundo. Até a gasolina acabar.

Indo por uma estrada que não sei onde termina, mas os mapas parecem já estar pré-selecionados, o caminho todo alinhado.

Sem paradas, sem novidades, sem companhia.

E nada vai mudar. A não ser que eu assuma o controle. Entenda a rota.

Por quantos quilômetros eu me deixei levar? Em que lugar desconhecido eu parei?

A partir de agora, eu comando. O caminho adiante é um mistério, mas que será desvendado aos poucos. Vivido. Aproveitado.

Olhos abertos às maravilhas que posso encontrar no caminho. Levando lembranças de cada parada, não deixando as pessoas para trás, mas trazendo todos dentro da cabeça e do coração.

Não será mais uma fuga desenfreada, agora é uma viagem em busca do autoconhecimento.

Assumindo a direção. Pilotando a própria vida.

Foto por Matheus Bertelli em Pexels.com

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