
É estranho. Às vezes sinto que sou viciada em errar.
Sinto a necessidade de fazer algo que vai decepcionar as pessoas. E, principalmente, a mim mesma
Algumas vezes, só para provar um ponto. De que sou um vacilo com perninhas, andando pelo mundo.
É uma urgência estranha de validar a ideia da mente, que sempre diz “olha aí, errou de novo. Por isso não dá pra confiar em você”.
Assim como um trem descarrilando, o vacilo chega em alta velocidade e completamente descontrolado.
Em um segundo está tudo bem, organizado, pleno. No momento seguinte, a vassoura tá na mão, varrendo os caquinhos da sanidade de cristal que estourou quando a ansiedade deu um berro pelo novo erro.
Respirar fundo, contar de 0 a 100 ao contrário, buscar uma âncora (algum objeto físico ou psicológico). Quem nunca tentou diversas técnicas para se acalmar?
Mas o que fazer quando a única coisa que você deseja é levar o seu ímã de vacilo para longe de qualquer item que possa ser atraído por ele?
Como a gente se afasta de algo que está dentro de nós??
Da mesma forma que uma pessoa que lida com vícios, tenho a impressão de que errar é uma obrigação, segundo minha mente.
Para validar o saquinho de vacilo que eu sou.
E não me deixar viver em paz. Ter uma autoestima real. Ser feliz.
Algumas mentes foram moldadas na confusão. Elas querem dizer uma coisa, mas acabam passando uma mensagem completamente diferente.
E o jeito é desmagnetizar esse imã que evoca tudo o me deixa mal. E como isso é feito? Mudando algo, levando desordem aos polos. Trocando o que estava lá por uma nova [atitude, decisão, meta] … tantas palavras para escolher.
O caminho é longo até que possa me permitir, finalmente, dormir sem acordar no meio da noite, o coração disparar, a respirar ficar difícil. Mas vale a tentativa.
Essa imã aqui vai mudar o polo. E acreditar que todos nós temos os momentos complicados. E que, no fundo, somos só pessoas que às vezes erram, mas, que no fundo, querem só fazer as coisas certas!