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Os pensamentos me atacam antes de dormir.

De alguma forma, o escuro se torna o combustível que ativa suas ações.

A liberação das garras vem logo que o sol se vai. E o golpe é rigoroso.

Como uma onda enorme quebrando no mar da minha mente.

E não há como pará-los. Preciso escrever, tirar o barulho da cabeça.

Ou serei engolida pelos monstros da ansiedade que gritam assim que toco no travesseiro.

As incertezas que se alinham à fronha e ficam impressas nas pálpebras fechadas.

São tantas vozes discutindo que eu não sei qual delas fala mais alto.

Preciso focar. Dar atenção à elas, anotar suas lamúrias. Ver se dessa forma ficam mais quietas.

Tenho sorte na maioria das noites, a caneta, o papel, o teclado, os posts me salvam.

São a torneira que abro para deixar toda essa água correr.

Esvaziam minha mente, liberam o peso do peito.

E mantém, quase intacta, a minha sanidade.

Se não fosse isso, os monstros estariam agarrados em mim nesse momento.

Termino essa frase sabendo que, pelo menos hoje, eles ficarão quietos, presos a essas palavras que escrevi.

Então, só por hoje, boa noite monstrinhos. Amanhã, se der sorte, a gente se esquiva por aí!

 

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