low angle photo of person s hands

Todos temos nossas marcas.
Dores.
Pesares que levamos impressos em nossos corpos e corações.
Não devemos esconde-las com roupas, maquiagens ou fingindo normalidade.
O que vivemos nos torna o que somos. E o que somos faz com que sejamos únicos e especiais. (É, cê é tipo um floquinho de neve!)
Somos todos aqueles celulares com a tela rachada. Estamos com alguns pedacinhos faltando, mas as funcionalidades seguem vigentes!
E é assim que precisamos nos ver. Não como um equipamento defeituoso, mas como algo que, ainda que levemente destroçado, sobreviveu.
Nossas cicatrizes, as marcas que carregamos, sejam, elas visíveis ou não, são as ranhuras da árvore, aquelas que levam em cada plantinha o pedaço da história. Que cada uma dos nossos arranhões se torne uma decoração em nossa armadura.
Que a nossa armadura não seja linda, brilhante e perfeita. Que ela tenha amassados, arranhões e sujeira. E sabe por quê deve ser assim? Para mostrar que não fugimos quando foi necessário lutar.
Os machucados são o símbolo da resiliência. Da cabeça que não abaixamos, do peito que não fechamos.
Ninguém aqui é elfo pra sair limpinho da batalha gente. Seja ela nos campos enlameados do mundo os nos cantos escuros da nossa mente.
Sejamos aquelas crianças se sujando no comercial de sabão em pó.
Porque só vence quem tenta. E não adianta se esconder pensando que não é forte ou corajoso o suficiente.
Se não botar a cara para fora, nunca vai saber a sua força. Às vezes cê é mais poderoso do que imagina.
E se não der certo a empreitada e você voltar manchado e com cicatrizes, tá tudo bem.
Algo que não deu certo não é um fracasso, aliás, fracassar é uma invenção humana terrível.
Nós não fracassamos quando algo não dá certo. É somente a indicação de que a maneira mais efetiva de solucionar algo não foi encontrada.
É uma oportunidade de aprender uma nova forma de resolução de desafios.
Uma folha em branco, pronta para receber mais caracteres da sua história.
E que suas marcas sejam um mapa que te lembre sobre caminho que te trouxe até onde você está, seja ele qual for. E não importa qual o destino ou se ainda não está onde gostaria. Porque a rota é o aprendizado diário e isso é o mais importante.
Suas cicatrizes não te definem como melhor ou pior.  Use-as como parte do sua essência, transforme-as nas provas de que você não desistiu.

Foto por Rose Léon em Pexels.com

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